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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Sertão inicia produção de alimentos através de sistema agrovoltaico


O semiárido pernambucano sai na frente na produção integrada de alimentos vegetais, peixe e captação pluvial, por meio da implantação de um sistema agrovoltaico sustentável, ou seja, irrigação a partir da radiação solar em energia distribuída. A iniciativa pioneira é de uma rede de pesquisadores de várias instituições do país, chamada Ecolume, que utiliza o termo “plantar água”, em alusão ao reflorestamento das plantas da Caatinga (recaatingamento).
 A ação é liderada pelo novo laboratório pernambucano, em atividade no Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), voltado para as questões das mudanças do clima e a vegetação regional numa perspectiva socioeconômica e ambiental. De acordo com a climatologista do IPA, Francis Lacerda, que coordena o projeto, o recaatingamento contribui para manutenção da umidade do solo e a redução do calor. Em até três anos, no Sertão do Moxotó, contarão inclusive com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), que já liberou R$ 420 mil para os estudos.
Os trabalhos técnicos, para a instalação do sistema fotovoltaico, estão sendo realizados por uma startup local, dentro da escola do Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), em Ibimirim. Na região, o índice pluviométrico é historicamente baixo. Seus solos secos e já possui diversas áreas já desertificadas e outras mais em processo.
O grupo é formado pelo IPA, Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Nacional do Semiárido (Insa), Instituto Federal do Sertão e também pela Secretaria Estadual do Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas).

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