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quarta-feira, 16 de maio de 2018

Empresários do ramo de combustíveis podem ter sido coagidos a formar cartel, diz polícia


Em coletiva realizada nesta quarta-feira (16), a Polícia Civil de Pernambuco esclareceu que empresários do setor de combustíveis estão sendo intimados a depor nas próximas etapas da Operação Funil. A operação, que foi desencadeada nessa terça-feira (15), prendeu três integrantes do Sindicato dos Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis), suspeitos de alinhar preços com donos de postos de 11 cidades de Pernambuco. O foco das intimações é saber se os empresários foram coagidos a participar do esquema.
O delegado Germano Bezerra, titular da investigação, explicou que o processo é importante para entender se outras pessoas estavam participando do alinhamento. “A partir de hoje, estamos intimando outros empresários, donos de postos, que não coadunavam com essa prática delitiva. Esperamos que eles contribuam com a investigação policial, porque aí, sim, muitos deles eram coagidos, forçados a fazer parte”, enfatizou.
De acordo com o titular, o inquérito deve ser fechado em dez dias, quando a polícia terá fechado se seis empresários, além dos funcionários, estão envolvidos no cartel. “Os empresários (que faziam os contatos com os envolvidos da representação) ainda não foram presos, simplesmente, pelo fato de estarmos ainda de estarmos juntando provas de todos os investigados”, pontua Bezerra, que está coletando provas, além dos depoimentos dos investigados.
Operação
A Operação ‘’Funil’’, desencadeada na manhã desta terça-feira (15), prendeu três funcionários do Sindicato de Combustíveis de Pernambuco (Sindicombustíveis) que estão envolvidos em cartel. Segundo as investigações, que começaram em julho de 2017, os funcionários do sindicato faziam o alinhamento de preços dos combustíveis com donos de postos em 11 cidades do estado.
Os funcionários foram presos por ordem de mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça. Além deles, outros 27 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, sendo 17 em postos de combustíveis e 10 em residências, incluindo a do presidente do Sindicombustíveis, Alfredo Pinheiro Ramos, que está sendo investigado.
A 14° operação de repressão qualificada em 2018, foi coordenada pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil (DINTEL) com o apoio operacional da Diretoria Integrada de Metropolitana (DIM) e supervisão da Chefia de Polícia. A ação envolveu mais de 160 policiais civis, entre delegados, agentes, comissários e escrivães.

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