Riverson Fernandes aproveitou saída no indulto do dia das
mães para engolir os aparelhos de telefone celular. Como não conseguiu
expeli-los de forma natural, precisou de socorro médico
Uma situação inusitada,
mas que colocou em risco a vida de um presidiário de Formiga, na Região
Centro-Oeste de Minas Gerais, foi registrada na manhã desta quinta-feira
(17/5), na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) da cidade. O detento, que deu
entrada no local com fortes dores abdominais, náuseas e vômitos, admitiu ter engolido
cinco aparelhos de celular com carregadores, depois de uma rápida saída do
presídio. Um raio-X foi realizado e ficou constada a presença dos objetos no
corpo dele, e à tarde ele deu entrada no Hospital de Pronto-Socorro João XXIII
(HPS).
De acordo com informações da Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) de Formiga, que prestou os primeiros socorros, por volta das 10h de ontem, o interno Riverson Costa Fernandes, de 31 anos, foi atendido. Durante as investigações médicas, o preso admitiu que estava em liberdade, por ocasião do indulto do Dia das Mães, quando engoliu os aparelhos. "Ele chegou para atendimento junto com os agentes penitenciários e acabou confessando que engoliu cinco celulares e dois carregadores. O paciente foi encaminhado para a sala de raio-X, onde após o exame, os equipamentos foram visualizados no estômago", disse o médico que atendeu o detento na UPA, Vladimir Moreira Gomes.
O presidiário
esperava expelir os aparelhos ao retornar do indulto para a cadeia, forçando o
vômito. Porém, os seus planos deram errado, já que ele não conseguiu colocar
para fora os celulares por meios naturais. Os corpos estranhos então começaram
a causar reações em seu organismo, como a forte dor abdominal. Com quadro de
saúde complicado, ele pediu ajuda ao departamento médico da unidade prisional.
Na UPA, depois de
constatada a gravidade por meio de raio-X, os médicos consideram que a
transferência para o HPS João XXIII seria o mais adequado do ponto de vista de
equipamentos médicos e segurança. "Essa transferência foi solicitada
devido à gravidade do quadro clínico e à falta de recursos necessários para o
atendimento do caso. Ele precisaria passar por uma cirurgia para a retirada
desses equipamentos", avaliou.
No João XXIII,
apesar de a Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig) se negar a repassar
qualquer informação, apurou-se que alguns dos objetos foram retirados por meio
de endoscopia. Porém, Riverson Fernandes está internado no Centro de Terapia
Intensiva (CTI), em estado grave, aguardando procedimentos para retirada dos
demais aparelhos.
"O detento
declarou que se tratava de cinco aparelhos celulares (tamanho aproximado de um
pen drive) e um carregador. Considerando que as unidades locais de saúde não
conseguiram realizar os procedimentos necessários, o custodiado foi conduzido
ao Hospital João XXIII, em Belo Horizonte, onde se encontra internado sob
escolta aguardando o procedimento médico devido", disse o comunicado.
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