Na busca para viabilizar seu projeto de reeleição, o governador Paulo Câmara (PSB) sinalizou ontem que está à disposição para criar as condições que avancem em uma aliança com o PT. Foi a primeira vez que o governador se pronunciou após o PT adiar para junho a definição sobre ter ou não candidatura própria no Estado. O PSB sinaliza com uma das vagas do Senado para o senador Humberto Costa (PT) disputar a reeleição.
“Nós temos um projeto nacional de centro-esquerda que o nosso partido defende. E sobre o PT, eu estou à disposição para conversar para ter condições de avançar numa aliança. Mas vamos respeitar também o tempo de cada partido”, afirmou Paulo. Dizendo que as convenções ocorrerão em agosto, o governador afirmou ter tempo para esperar a definição do PT.
Ontem, Humberto disse que o ex-presidente Lula (PT), condenado a 12 anos de prisão na Lava Jato, lhe pediu para disputar o Senado e ele disse que pretende entrar na disputa. “O importante para essa eleição é tirar o partido da dessa situação. Nós perdemos lideranças fundamentais como João Paulo, Genivaldo, que foi prefeito de Águas belas, o ex-vereador Osmar Ricardo. Então, não podemos partir do pressuposto que está tudo bem, temos que reiniciar um processo de reconstrução do partido. E, para isso, nós temos que ter uma estratégia eleitoral que seja a melhor para, quem sabe, elegermos um senador, pelo menos uns três deputados federais e uns cinco deputados estaduais. Tem que ser esse o objetivo que a ser colocado”, defendeu.
Humberto admitiu que a possível candidatura presidencial do ex-ministro do STF Joaquim Barbosa (PSB) gera dificuldade, mas disse que ela “vai ser equacionada” no debate nacional. Ele também disse que, havendo aliança, o PT espera ficar livre para adotar a estratégia que achar melhor na eleição proporcional, integrando o chapão da Frente Popular ou montando uma chapinha.
Ontem, o deputado federal Tadeu Alencar (PSB) disse que os socialistas têm mais convergências do que divergências com o PT e que a aliança é um desejo mais do que demonstrado por Paulo e pelo prefeito do Recife, Geraldo Julio (PSB). “Nossa posição no impeachment foi debatida com a sociedade. Não foi oportunista”, ressaltou.
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