Os arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, concentram milhares de pessoas, neste sábado (28), durante o festival Lula Livre. Mais de 40 artistas e intelectuais latino-americanos participam do evento em defesa do ex-presidente.
Lula está preso desde o dia 7 de abril, na sede da Polícia Federal em Curitiba (PR), condenado a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex no Guarujá (SP).
Os participantes do ato ainda reivindicam que o ex-presidente possa ser candidato à Presidência da República, nas próximas eleições. Por ter sido sentenciado em segunda instância, o petista foi enquadrado na lei da Ficha Limpa e dependerá da Corte Eleitoral para poder concorrer ao cargo.
O festival, convocado a partir de um manifesto encabeçado por Chico Buarque, Martinho da Vila, Ziraldo, Leonardo Boff e mais de 800 signatários, contará com oficinas, DJs, apresentações teatrais e shows com a presença de artistas de renome da música brasileira e internacional.
O manifesto afirma que “todo o julgamento do presidente Lula foi um erro jurídico sem limites”. Para os signatários, é inadmissível que Lula, líder em todas as pesquisas, não participe das eleições. “Inadmissível é mantê-lo preso num flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça”.
Durante o ato, a expressão “Lula Livre” estampa faixas, cartazes e adereços. Diversas barracas ainda distribuem panfletos, máscaras com o rosto do ex-presidente, além de venderem artigos como camisas e bottons com referências a Lula.
Durante a tarde, uma equipe do Tribunal Regional Eleitoral do Rio (TRE-RJ) esteve no local e confiscou alguns materiais. Segundo informações da Folha de S. Paulo, cerca de dez fiscais foram hostilizados quando realizaram a apreensão.
A justificativa dos fiscais é que os materiais fazem campanha antecipada – acessórios com nome de candidatos e menção partidos políticos estão proibidos até 16 de agosto, quando a campanha começa oficialmente.
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