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terça-feira, 8 de maio de 2018

Audiência Pública na Alepe vai discutir situação do IPA



É importante a participação dos trabalhadores do Instituto e das associações e sindicatos de Agricultores do Estado na audiência, próximo dia 14, às 9h, na Assembleia Legislativa de Pernambuco.


A situação precária do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA) e o investimento na extensão rural, pesquisa e recursos hídricos no Estado vão entrar nos debates dos deputados estaduais em Audiência Pública, no próximo dia 14/05, às 9h, na Assembleia Legislativa (Alepe). O espaço para tratar os temas foi fruto da articulação do Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente de Pernambuco (Sintape) com a deputada estadual, Tereza Leitão (PT), e a Comissão de Agricultura da casa.
A entidade sindical espera reunir um grande número de empregados do Instituto e representantes de Associações e Conselhos de agricultores na Audiência. A Audiência seria realizada no dia 16/04, mas foi adiada. Neste período, a diretoria do Sintape reforçou a campanha “#salvemoIPA” e buscou apoio da população, entidades de classe e sindicatos do setor agrícola e de parlamentares. A Fetraf/PE e as deputadas estaduais Socorro Pimentel e Priscila Krause receberam diretores do sindicato e confirmaram apoio à causa. A prefeita de São Bento do Una, Débora Almeida, foi outra personalidade política a apoiar o movimento. Trabalhadores de IPA e a população em geral também se engajaram na campanha com postagens e comunicados de apoio.
“É importante que os trabalhadores do IPA marquem presença no evento. Será uma ocasião especial para os parlamentares tratarem o tema com um olhar mais profundo sobre a real situação do Instituto. Enxergarem o quadro caótico em que se encontram as unidades do IPA espalhadas pelo interior. Condições de trabalho penosas para muitos dos companheiros, que executam suas atividades sem o mínimo respeito por parte do Governo estadual. Precisamos elevar o tom da nossa voz e exigir do Governo respeito com o IPA e a extensão rural no nosso Estado!”, defendeu o presidente do Sintape, Adailton Melo.
Até quando o Governo do Pernambuco vai tratar com descaso os que são responsáveis pela pesquisa, extensão rural e obras de infraestrutura de recursos hídricos no Estado? É uma questão que o sindicato quer ver resolvida. Pelo menos respondida. Uma vez que as tentativas de falar com o Executivo Estadual para tratar das reivindicações dos trabalhadores têm sido ignoradas.
“Não é só o descaso com a instituição que lamentamos, mas a falta de respeito por profissionais tão essenciais para a pesquisa, a extensão rural e obras de infraestrutura de recursos hídricos. Sem investimentos é impossível oferecer atendimento de qualidade às 275 mil famílias beneficiadas com os programas desenvolvidos pelos técnicos e demais profissionais nas ações de Ater. É um absurdo o que temos testemunhado nas unidades do IPA!”, lamentou Adailton.
Os trabalhadores do Instituto estão sem reposição salarial há três anos. Em 2018, o congelamento dos salários completa quatro. Não bastasse a falta de reajuste, os servidores ainda acumulam situações críticas em seus ambientes de trabalho. Entre as reivindicações: reestruturação das Estações Experimentais, Gerências Regionais e Escritórios Locais; efetivação e homologação do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS); investimentos nas ações de Ater e melhores condições de trabalho.

A TRISTE REALIDADE DO IPA

Um investimento em queda anual de 30%, que impacta na assistência às famílias beneficiadas e no trabalho dos profissionais. Situação da entidade será discutida em Audiência Pública na Assembleia Legislativa de Pernambuco, no dia 14 de maio

Dados referentes  às ações do Instituto Agronômico de Pernambuco (IPA), coletados pelo Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente de Pernambuco (Sintape), confirmam que os investimentos na instituição vêm diminuindo cerca de 30% a cada ano, impactando na pesquisa, extensão rural e infraestrutura dos recursos hídricos. Por falta de recursos e de um olhar mais atento às políticas públicas voltadas à Agricultura Familiar no Estado, milhares de famílias são afetadas. Para se ter uma ideia, o número de ações em pesquisa e desenvolvimento caiu de 400 em 2010 para 145 em 2015.  Já a prestação de assistência técnica rural apresentou queda significativa na quantidade de famílias atendidas. Em 2013, o número foi de 111.850 famílias. No ano de 2016, apenas 44.227. Esse cenário negativo vem se acentuando nos últimos anos, provocando temor nos funcionários do Instituto e na população assistida. 

A evolução de distribuição de sementes cultivadas é ainda mais desoladora. Saiu de 3 mil toneladas em 2010 para 1.531 em 2016. Já o orçamento para as ações gerais baixou de 
R$ 188 milhões em 2014 para R$ 131 milhões em 2015. Uma redução de R$ 57 milhões. A diminuição gradual tem refletido na execução de ações que visam o fortalecimento da Agricultura Familiar no Estado. Também reflete na questão salarial. Os trabalhadores do Instituto estão sem reposição há quatro anos, amargando uma defasagem de mais de 23% de perdas, sem contar que 10% dos empregados ganham um salário-base abaixo do salário mínimo. O sindicato porém, não está omisso, e vai lutar para que a entidade volte a ser um centro valorizado e com profissionais respeitados pelo excelente serviço que prestam à população e ao setor agrícola e pecuário deste país. Já a omissão do Governo Estadual é observada nas mais de 180 unidades do IPA espalhadas pelo interior. 

O último relatório feito pelo Sintape comprova situações deploráveis na maioria das Estações Experimentais, Gerências Regionais e Escritórios Locais. Entre os problemas: veículos e implementos insuficientes, sem manutenção e condições mínimas de segurança; escritórios com água, energia e aluguel atrasados; extensionistas sendo despejados; empregados pagando despesas para manter as unidades funcionando e usando celulares, notebooks e internet próprios, visto que os telefones da empresa só realizam ligações locais e fixos; prédios sem reformas e com infestação de pragas (ratos, baratas, formigas e cupins); equipamentos de informática quebrados e sucateados; internet de baixa qualidade; ambientes sem climatização e/ou ventilação; higienização de salas e banheiros insuficientes por falta de água e material de limpeza (em muitos casos, a faxina é feita pelos empregados); entre outros. “Por tudo que testemunhamos, reivindicamos à administração do Instituto e ao Governo do Estado, soluções urgentes para a problemática exposta. Lembrando que é dever do Sintape zelar por melhores condições salariais e de trabalho, respeitando os direitos de cada empregado do IPA. Nesse caso, estamos à disposição para discutir e buscar juntos soluções para os problemas apontados. Como está é que não pode ficar!”, pondera Adailton Melo, presidente do Sintape.

CONCURSO PÚBLICO JÁ!

A diretoria do sindicato constatou, além de tantos problemas de infraestrutura e falta de comunicação entre o IPA e suas unidades do interior, que a escassez de trabalhadores de campo, administrativos e pesquisadores nas Estações e Gerências é grande, e que o número de empregados nas unidades interioranas e da capital é insuficiente, necessitando com urgência de “Concurso Público”. “Por falta de pessoal, algumas unidades estão fechando. Diante do que registramos, externamos indignação com o tratamento e descaso dispensados aos nossos companheiros de base, como os auxiliares, administrativos, técnicos, extensionistas e pesquisadores nas diversas áreas e níveis de formação, e demais empregados desta casa e da nossa irmã Perpart, que tanto se esforçam para prestar de forma honrosa seus serviços ao Agricultor Familiar, ao IPA e à sociedade pernambucana. É vergonhosa a situação de trabalho pelo qual estão submetidos os empregados das duas instituições. Precisamos de respeito e CONCURSO PÚBLICO JÁ!”, desabafa Adailton. 

Sindicato forte depende da união da base!

Redação Sintape

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