A Secretaria Estadual de Meio
Ambiente e Sustentabilidade (Semas) levou para a II Conferência Regional
da Caatinga dez experiências exitosas no
Bioma desenvolvidas por várias instituições governamentais e da sociedade
civil, nos municípios pernambucanos. O encontro foi realizado no
auditório da Assembleia Legislativa do Ceará, nos dias 19 a 21 de junho. A
Semas coordenou a seleção e envio dos projetos, onde inicialmente seriam
selecionados apenas cinco, mas Pernambuco apresentou todos os dez projetos
enviados.
A Conferência teve como objetivo propor estratégias
para o desenvolvimento humano e sustentabilidade da Caatinga, baseado nos
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização
das Nações Unidas (ONU), através de projetos e iniciativas em implementação no
Bioma, além de analisar as modificações ambientais, sociais e econômicas
ocorridas na região nos últimos anos, especialmente em decorrência da seca
prolongada, disseminar informações sobre programas, projetos e ações em desenvolvimento
ou previstas nos estados que contribuem ou poderão contribuir para as metas
previstas nos ODS, além de realizar uma feira Cultural da Caatinga, para
difusão do conhecimento científico, tecnológico, cultural e artístico do Bioma.
A gerente-geral de Articulação da Semas, Áurea Igrejas
Lopes, que coordenou as apresentações e o levantamento dos projetos,
revela que os trabalhos apresentados seguiram alguns critérios, entre
eles: ter no mínimo cinco anos de implantação e que façam interação com os
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), estabelecidos pela Organização
das Nações Unidas (ONU), entre eles: ODS 1- Acabar com a pobreza em
todas as suas formas; ODS 2- Acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar
e melhoria da nutrição e promover agricultura sustentável; ODS 4- Assegurar
educação inclusiva e equitativa de qualidade e o ODS 6- Assegurar a
disponibilidade de gestão sustentável da água e saneamento para todos, entre
outros. “Além do debate e intercâmbio de conhecimentos entre vários Estados, as
experiências contribuíram para minimizar o sofrimento e as precárias condições
das populações que convivem com o Semiárido. Também ficou decidido que a
conferência será realizada a cada dois anos em outro Estado do Nordeste, e que
dará continuidade a disseminação de ações para o Bioma que contribuam para a
preservação e geração de políticas públicas para minimizar a problemática da
desertificação que acontece principalmente na Caatinga”, afirmou Áurea.
Foram apresentados os projetos: Manejo Florestal
Sustentável da Caatinga em Projetos de Assentamentos, realizado em 15
municípios pela Associação Plantas do Nordeste (APNE); Barragem Subterrânea,
desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), em
Petrolina; Formação de Agentes de Desenvolvimento Sustentável, também da
Embrapa, desenvolvido em quatro municípios do Sertão Pernambucano e em um
município mo Piauí; Águas de Areias - Recuperação e gestão compartilhada das
águas de aluvião em leito seco de rio no Semiárido pernambucano, desenvolvido
pela Associação Águas do Nordeste (ANE); Bioma Caatinga: Buscando inovações
genuinamente brasileiras, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
realizado em cinco municípios do Sertão; Projeto Sócio Economia Verde no Bioma
Caatinga frente às Mudanças Climáticas - Ecolume, desenvolvido pelo Instituto
Agronômico de Pernambuco (IPA) em Ibimirim; Mulheres da Caatinga, realizado
pela Casa da Mulher do Nordeste; Terra de Vidas: Sistemas Agroflorestais -
SAF´s no combate à desertificação e na adaptação às mudanças climáticas no
Semiárido, do Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá; Projeto Papagaio
da Caatinga, da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) e o Projeto
Implantação de Módulos de Manejo Sustentável da Agrobiodiversidade para o Combate
à Desertificação no Semiárido Pernambucano, desenvolvido pela Semas.
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