Publicar anúncio superior

Publicar anúncio superior


domingo, 24 de junho de 2018

Saída do Solidariedade da base do governo também assombra

Com a saída do clã Ferreira da base de Paulo Câmara (PSB), surgiram rumores no meio político de que outro partido pudesse aproveitar o embalo e desertar do governo. É o Solidariedade (SD), presidido no Estado pelo deputado federal Augusto Coutinho (foto), que não esconde a insatisfação na sigla. Embora pregue calma, Coutinho almoçou ontem com parte da cúpula do SD e marcou para a próxima semana uma reunião para decidir os rumos da sigla. 
O “desconforto” começou quando Kaio Maniçoba perdeu o comando da Secretaria de Habitação (SecHab)– que assumiu quando era do MDB – na reforma política feita pelo socialista para acomodar o PP na Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Ele esperava manter o espaço, mas a SecHab foi devolvida aos emedebistas.
Uma frase da nota de anúncio do desembarque dos irmãos Ferreira foi entendida como uma indireta à acomodação do PP: “Não concordamos com a prática do poder pelo poder e nem aceitamos um governo que seja refém da barganha”. 
Presidente estadual do PP, o deputado federal Eduardo da Fonte respondeu. “Quem está barganhando é ele uma vaga na chapa majoritária. Em nenhum momento o PP colocou imposição”, disse. “Foi uma decisão precipitada, principalmente a forma com que ele saiu tratando a Frente Popular. Não foi elegante”, completou.
Do lado do SD, Augusto Coutinho diz que segue na base. “É desconfortável para o partido, mas a gente tem que ter cautela. Tem que ouvir todo mundo, o partido não é Kaio. Ele é muito importante, como também são importantes Alberto Feitosa e (Professor) Lupércio”, afirmou. 
Ainda assim, pleiteia espaço. “Achamos que o partido está subdimensionado no governo”, afirmou. Paulo disse que tem conversado com o SD.
A avaliação é de que a saída dos Ferreira não mexe na configuração da chapa. Segundo o Palácio do Campos das Princesas, o PSC não tinha quadros. O PR, de Anderson Ferreira, ocupa espaços, mas por indicação do presidente do partido, o deputado federal Sebastião Oliveira. Após reunião com Paulo, ele divulgou nota com críticas aos irmãos, com quem brigou pelo comando da legenda. “Na realidade, este grupo jamais foi de fato um aliado ‘raiz’, mas puramente de conveniência”, alfinetou Sebastião.
Uma vaga ao Senado é dada como certa para Jarbas Vasconcelos. A outra pode ser de Humberto Costa, se o PT apoiar o PSB. Podem ser beneficiados o PCdoB – com o ex-prefeito João Paulo ou a deputada federal Luciana Santos – e o PDT – com o ex-prefeito de Caruaru José Queiroz. Ambos criticaram o que chamaram de imposição do PSC. “Se não prevalecer isso, não tem exigência”, afirmou o ex-prefeito de Olinda Renildo Calheiros (PCdoB).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Tradutor