Apenas empatou com a Suíça em Rostov,
por 1 a 1. Com um gol irregular dos suíços, é verdade. Zuber empurrou
Miranda antes de cabecear para as redes. E a arbitragem se recusou a consultar
o vídeo.
A Seleção de Tite não jogou bem.
Faltou potencial ofensivo. A fortíssima marcação dos europeus na intermediária,
travou os brasileiros.
Fez muita falta as saídas pelos lados
do campo. Danilo tímido, travado na direita. E Marcelo sacrificado pelo fraco
futebol de Neymar.
No primeiro tempo ficou clara a
proposta de Tite. Como aconteceu nos amistosos contra a Croácia e Áustria, ele
alternou a marcação brasileira. Começou por meia pressão, permitindo que os
suíços tocasse a bola, se adiantassem, ganhassem confiança, Era um truque
interessantes. A maneira com que desarmasse suas linhas. Os cinco zagueiros, os
quatro meio-campistas e um seu único atacante, Seferovic.
O espaço dado também era uma maneira
de controlar os nervos brasileiros. Era nítido que a equipe entrou em campo
tenso. Por mais que Tite desejasse disfarçar, a estréia em uma Copa do Mundo é
algo muito pesado.
Já Neymar estava sem ritmo. Abaixo fisicamente não só
dos companheiros, como dos suíços. Havia a forte marcação suíça setorizada. Mas
o técnico Petkovic incumbiu Behrami de não dar o mínimo espaço ao brasileiro. A
ordem era dividir com força. Se aproveitar da normal insegurança de quem vinha
três meses parado, por sua fratura no quinto metatarso.
Mas nos primeiros 45 minutos, Neymar
complicou as coisas. Não quis jogar simples. Pelo contrário. Pegava a bola e
forçava dribles desnecessários nas intermediárias. E acabou perdendo inúmeras
chances de contragolpes, tentando passar por Behrami. Foi facilmente anulado.
Os melhores momentos brasileiros
vinham quando Tite ordenava que a marcação subisse. Os suíços não mostravam
talento suficiente para sair jogando com qualidade. E roubando a bola, os
brasileiros foram ganhando terreno.
Mas a intermediária tinha um dono nas
articulações ofensivas. Philippe Coutinho. Ele ditava o ritmo. Quando a bola
caía nos seus pés, ele antevia o lance. Definia o que fazer. Jogava nas costas
da linha de quatro meio-campistas suíços. Principalmente quando atuava pela esquerda,
revezando com Neymar, que caía pelo meio e puxava a marcação.
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