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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

PSB realiza convenção e oficializa a candidatura Paulo Câmara á reeleição

Com pedido de “Lula livre” e com a promessa de que poderá fazer mais nos próximos quatro anos, o governador Paulo Câmara (PSB) foi oficializado como candidato à reeleição ontem (05), em uma chapa que traz a deputada federal Luciana Santos (PCdoB) na vice e tem o deputado federal Jarbas Vasconcelos (MDB), onde foi visível o constrangimento deste no palanque, e o senador Humberto Costa (PT) na disputa pelas duas vagas ao Senado.
“Quero aproveitar esse momento para fazer uma homenagem àquele que querem calar a voz. Mas o povo de Pernambuco não vai deixar, não. O meu abraço ao presidente Lula. Pernambuco tem gratidão. Lula livre”, pediu o governador. “Pernambuco sabe o que Lula fez pelo nosso Estado. As parcerias que ele fez com Eduardo”, emendou em seguida.
O PSB pretende usar a imagem de Lula durante a campanha de Paulo Câmara mesmo que o petista seja impedido de concorrer pela Justiça Eleitoral. Preso na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, o ex-presidente aprovou a aliança entre o PT e o PSB no Estado.
Em um discurso enérgico de 20 minutos, pingando de suor, o governador disse que a crise econômica atrapalhou seu primeiro mandato. Também criticou o governo do presidente Michel Temer (MDB), que teria virado os olhos para o Nordeste. O PSB afirmou que a gestão de Paulo foi perseguida pela União.
“Todas as nossas propostas que foram ditas em 2014 são válidas para Pernambuco. Infelizmente, a crise impediu muitas delas de avançar. A gente tem que saber se a tendência é poder realizá-las nos próximos quatro anos. A gente vai fazer o possível para atender todas as demandas da população e cumprir o nosso programa de governo”, afirmou Paulo, ao fim da convenção.
De acordo com o presidente do PSB, Sileno Guedes, 20 mil pessoas participaram do ato, no Clube Internacional, no Centro do Recife. Logo pela manhã, ônibus traziam militantes para o local da convenção. Houve empurra-empurra quando a chapa majoritária atravessou a multidão para chegar até o palco. Também foi difícil abrir caminho em meio às pessoas ao fim, quando muitos militantes e pré-candidatos tentaram fazer fotos ao lado do governador.
Prefeitos aliados também participaram do evento. Após atritos pela escolha da adversária local Luciana Santos para a vice, o prefeito de Olinda, Lupércio (SD), participou da convenção, mas não subiu no mesmo palanque em que estava a chapa majoritária.
No início do evento, Sileno Guedes também disse que o PSB ainda conversava com PDT e PROS para garantir a permanência deles na Frente Popular. Mas as duas siglas anunciaram uma chapa de oposição ontem para disputar o governo. “Estou sem informações sobre isso. Até vim para cá e eles ainda estavam debatendo. Nós estamos tentando conversar com eles. Se tivermos êxito, ótimo. Se não tivermos, nós vamos disputar. É uma eleição democrática. E quem quiser disputar, tem que disputar”, sinalizava o governador.
Outro mal estar ocorreu com o PP. O partido, que pleiteou espaço na chapa majoritária de Paulo Câmara, estava confirmada na aliança, mas o presidente do partido no Estado, Eduardo da Fonte, não compareceu e ainda teria orientado aliados a deixarem o ato. Nos bastidores, o desentendimento teria sido causado porque o PP queria indicar a vereadora do Recife Michele Collins para a primeira suplência de Jarbas Vasconcelos, mas não obteve êxito.
Por meio de nota, o emedebista negou que tenha vetado a presença dela na suplência. No fim da tarde, após várias articulações e conversas com interlocutores da oposição, o PP anunciou a permanência na Frente Popular. Apesar dos desentendimentos, candidatos do partido e até o ex-presidente da Câmara Federal, Severino Cavalcanti, prócer da sigla, participaram da convenção. Recém empossado, o presidente da Assembleia Legislativa, Eriberto Medeiros (PP), discursou em defesa da reeleição de Paulo.
O governador tentará o segundo mandato com uma coligação de 12 partidos: PSB, PT, MDB, PP, Solidariedade, PPL, PMN, PSD, PR, PCdoB, Patriota e PRP. Com siglas grandes, o partido espera ter entre 4 minutos e meio e cinco minutos no guia eleitoral.

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