O deputado federal e pré-candidato ao Senado, Silvio Costa (Avante), defendeu nessa sexta-feira, dia 26, que a corrida eleitoral deste ano para o Governo de Pernambuco deve ser de múltiplas candidaturas, durante entrevista a Rádio Jornal de Caruaru.
Na concepção do parlamentar, no primeiro turno todos os pré-candidatos que conseguirem consolidar seus projetos devem disputar as eleições, tendo em vista que no segundo turno alianças podem ser costuradas e construídas. Silvio Costa, ainda, analisou que o bloco de oposição enfrentará um grupo que está com a máquina estadual há 12 anos.
“O candidato natural é Armando Monteiro (PTB), mas há nomes como o de Marília Arraes (PT), Fernando Bezerra Coelho (MDB) e Júlio Lóssio (Rede). Quanto mais candidatos tiverem, mais forte ficará a oposição. No segundo turno, a gente se une”, propôs Silvio Costa.
Para o pré-candidato ao Senado, a possibilidade de aliança entre PSB e PT, em Pernambuco, é muito difícil em razão do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff. Outro ponto destacado por Silvio Costa é a rejeição da militância petista sobre a construção política. “O governador Paulo Câmara prometeu ao ex-presidente, Lula, que o PSB votaria contra, no entanto, o partido votou a favor (do golpe)”, analisou.
Na entrevista, Costa, também, criticou a gestão de Paulo Câmara, principalmente, sobre as dificuldades de reverter os índices negativos na segurança pública do estado, que no ano passado registrou mais de 5 mil homicídios. “A segurança pública é um desastre e a saúde é um abandono. De positivo, só tem a propaganda que é bem feita”, ironizou.
Por fim, o deputado confirmou sua candidatura ao Senado Federal numa construção entre PTB e PT para a corrida ao Palácio do Campo das Princesas. “Defendo a candidatura de Armando Monteiro (PTB) ao Governo do Estado com o apoio do PT (Marília Arraes), e espero ter o meu nome ao senado como candidato (senador) de Lula”, disse.
JULGAMENTO DE LULA
Para Silvio Costa, a condenação do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, pelo Tribunal Regional Federal (TRF 4), de Porto Alegre, teve motivação política, dado o seu nome estar posto como candidato a presidência da república.
O deputado federal, ainda, afirmou que Lula foi condenado sem provas cabais. Segundo ele, a decisão dos três desembargadores feriu os princípios inseridos na Constituição Federal.
“O STF já disse que não se pode condenar fundamentado só em delação. É preciso ter prova, e não há prova de que o triplex é de Lula”, ponderou o deputado.
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