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quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Juazeiro, no norte da Bahia, também realiza manifestação em defesa da democracia



O movimento pacífico ocupou a ponte por volta de duas horas, somando-se a outras manifestações em todo país, onde as organizações presentes expressam seu apoio ao ex presidente Lula que será julgado nesta quarta-feira (24), sem nenhuma prova que legitime as acusações.

Nordestino que governou o Brasil por dois mandatos, Lula é um dos pretensos candidatos às eleições presidenciais deste ano, o que, para o comerciante Damião José da Silva, é uma afronta à elite brasileira. “Os políticos ricos não querem que nenhum político entre e ajude a população, Lula entrou e ajudou, deixou Dilma, ajudou. Os políticos que estão lá são ricos, de famílias ricas, nunca foram pobre, aí eles não gostam de quem chega lá pra ajudar a pobreza não, eles faz de tudo pra tirar”. Residente em Cabrobó (PE), Damião estava preso no engarrafamento, sem conseguir  chegar ao Seasa de Juazeiro, mas para ele “tem que fazer isso mesmo, vale a pena a espera, se o povo não tomar a iniciativa vai ser cada vez pior”, diz ele em apoio à manifestação.

O vendedor ambulante, Anderson Lima, diz apoiar a causa porque o governo Temer “está cortando os direitos do povo, o pessoal tá voltando a passar fome”. O trabalhador diz que a manifestação é justa, pois “temos que lutar por nossos direitos e nós conquistamos nossos direitos pela democracia”, defende Anderson.

Trabalhadores/as, estudantes e militantes de diversos movimentos sociais do campo e da cidade reclamavam ainda da perda de inúmeros direitos, muitos deles conquistados nos Governos petistas de Lula e Dilma Roussef. Denunciaram também a aprovação de Reformas que tem causado inúmeros prejuízos à classe trabalhadora, embora ainda não sentidos por boa parte da população, a exemplo da Reforma Trabalhista.


Nessa manhã houve também o fechamento de acessos ao município de Curaçá e Casa Nova, ambas há cerca de 100 km de Juazeiro. A coordenadora estadual do MST (Movimento dos/das Trabalhadores/as sem Terra), Leidiane Gomes, ressalta que o povo está nas ruas porque o Golpe de 2016 está tendo continuidade, uma vez que “nós perdemos uma presidenta eleita legitimamente pelo povo e agora nós estamos às vésperas de viver um novo capítulo desse golpe”, diz ela se referindo às tentativas de cassarem o direito de Lula ser candidato nas próximas eleições.

Violência da Polícia Militar

Ao invés de garantir a segurança das/dos manifestantes, o Batalhão Especialda Polícia Militar da Bahia – Rondesp – agiu com truculência avançando com as viaturas sobre um cordão de segurança, formado por trabalhadores/as, que segurava uma faixa na linha de frente da manifestação. Além disso, soltaram gás lacrimogêneo ao tempo em que policiais a pé agrediam manifestantes. Idosos e crianças foram atingidos pelo gás e uma pessoa chegou a ser levada ao hospital. A organização do Ato irá tomar as medidas cabíveis.




Texto e fotos: Frente Brasil Popular - BA

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