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quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Privatização dos Correios está sendo estudada 'com muito cuidado', diz Meirelles

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, admitiu nesta quinta-feira (21), em Nova York, que existe a possibilidade de privatizar os Correios, mas afirmou que ainda “não há uma decisão tomada”, já que “isso é uma coisa que tem que ser tratada com muito cuidado”.
O ministro também foi questionado por jornalistas sobre a possibilidade de abertura de capital dos Correios como forma de captar recursos no mercado. “Isso é o que está se estudando, as duas hipóteses estão contempladas. O IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês) é uma boa alternativa.” Nesta semana, funcionários dos Correios iniciaram uma greve contra a privatização da estatal, entre outras reivindicações. Em março, o ministro das Comunicações, Gilberto Kassab, já havia dito que, se a empresa não promovesse o "equilíbrio rapidamente", "caminharia para um processo de privatização". “Como a posição dos Correio em vários aspectos é monopolista, então isso é uma coisa que tem que ser tratada com muito cuidado para ver exatamente essa questão de privatização dos correios”, disse Meirelles nesta quinta. No entanto, o ministro ressalvou que, “evidentemente, essa questão está cada vez menos relevante na medida que, principalmente no caso de encomendas, cada vez mais existe a presença de empresas provadas, inclusive empresas internacionais, disputando mercado. Portanto, o mercado está cada vez mais competitivo”.
“É inclusive mais uma coisa a se pensar em termos favoráveis a uma privatização, ter um correio mais competitivo”, apontou Meirelles.Nos últimos dois anos, os Correios apresentaram prejuízos que somam, aproximadamente, R$ 4 bilhões. Desse total, 65% correspondem a despesas de pessoal.
Em 2016, os Correios anunciaram um Programa de Demissão Incentivada (PDI) e pretendia atingir a meta de 8 mil servidores, mas apenas 5,5 mil aderiram ao programa.Os Correios anunciaram em março o fechamento de 250 agências, apenas em municípios com mais de 50 mil habitantes, além de uma série de medidas de redução de custos e de reestruturação da folha de pagamentos.Em abril, o presidente dos Correios, Guilherme Campos, afirmou que a demissão de servidores concursados vinha sendo estudada.  Segundo ele, os Correios não têm condições de continuar arcando com sua atual folha de pagamento e contratou um estudo para calcular quantos servidores teriam que ser demitidos para que o gasto com a folha fosse ajustado. A estatal alega ainda que o custeio do plano de saúde dos funcionários é responsável pela maior parte do déficit da empresa registrado nos últimos anos. Hoje a estatal arca com 93% dos custos dos planos de saúde e os funcionários, com 7%.

Fonte/G1

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