Aliados do governador Paulo Câmara (PSB) comemoraram a decisão da frente de oposições de lançar um único candidato. Eles acreditam que o movimento favorece que o resultado da eleição se resolva no primeiro turno, ajuda a colar nos opositores a imagem do “palanque do presidente Michel Temer” e, de quebra, expôs um sinal de fragilidade do grupo que vinha trabalhando com duas chapas como a melhor estratégia para vencer o PSB.
“Nós trabalhávamos também com duas candidaturas, que era o pior cenário para a gente. A partir do momento que tem uma candidatura só, para a gente é melhor. Porque quando há dois candidatos, por regra geral, fica mais fácil levar para o segundo turno. E segundo turno é outra eleição completamente diferente. E o que é preocupante para eles é que houve uma frustração. Não evoluíram as duas candidaturas. Eles não passaram a ter uma única chapa por escolha. Era a única opção que eles tinham. Porque se eles tivessem conseguido ter duas candidaturas, eles teriam”, avaliou o secretário da Casa Civil, Nilton Mota (PSB).
Para o Palácio do Campo das Princesas, a oposição errou ao agir com ansiedade. Um exemplo é o caso do MDB, cujo comando o senador Fernando Bezerra Coelho já esperava ter conquistado a essa altura para se consolidar como principal opção para o governo. Os socialistas ainda veem na oposição uma tentativa de estimular a candidatura da vereadora do Recife Marília Arraes (PT). Os nomes do ex-prefeito de Petrolina Julio Lóssio (Rede) e do deputado estadual Odacy Amorim (PT) são vistos como opções que imporiam mais dificuldade à oposição, principalmente aos Coelho, que tem base política no Sertão do São Francisco, do que ao governador Paulo Câmara, a quem poderiam se aliar em um eventual segundo turno.
Comemoração
Em Brasília, onde a cúpula socialista estava no sábado participando do Congresso do PSB, a unificação das candidaturas foi comemorada. “Isso mostra a fragilidade da oposição. Eles tinham anunciado uma estratégia de múltiplas candidaturas para forçar, na tese deles, a realização de um segundo turno. E, na prática, a fragilização da oposição está tão grande que ela sequer consegue montar as duas chapas. Vão fazer um esforço para montar uma chapa”, afirmou o deputado federal Danilo Cabral (PSB).
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