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quarta-feira, 25 de abril de 2018

Marília Arraes faz aceno para todos os lados

De olho na cadeira do governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas, a vereadora Marília Arraes (PT) rechaçou, ontem, qualquer aliança do PT com o PSB no primeiro turno das eleições deste ano. Ainda assim, a pré-candidata não descartou nenhuma aliança caso alcance o segundo turno, nem mesmo com DEM e PSDB – antagonistas históricos do Partido dos Trabalhadores.
“Essa eleição de 2018 é mais política do que eleitoral, principalmente no primeiro turno. Como a principal missão é fazer a defesa do projeto que Lula representa, não tem como fazer campanha com alianças incoerentes e que defendem o oposto. No segundo turno, é diferente. Caso eles considerem que devem apoiar nosso projeto, nós recebemos apoio. Inclusive, se estivermos no segundo turno contra a base de Michel Temer, o PSB pode vir a nos apoiar. O que não pode haver é flexibilização do nosso projeto”, ressaltou Marília.
O PT em Pernambuco ainda vai bater o martelo sobre os rumos da candidatura, com a possibilidade de aliança com os socialistas. Nas últimas semanas, um racha foi exposto no partido quando figuras como o ex-prefeito do Recife João Paulo e o ex-vereador Osmar Ricardo deixaram a sigla. Este último, inclusive, divulgou uma nota criticando os que defendem a candidatura de Marília. Outros petistas, como Oscar Barreto e o senador Humberto Costa, dizem que ainda está em aberto. 
Por outro lado, Marília insiste que a candidatura própria do PT é dada como certa e minimiza as sinalizações nacionais de Lula sobre as conversas com o PSB. “O papel do presidente Lula sempre é de abrir portas, de expandir o leque de opções do Partido dos Trabalhadores”, disse. A executiva estadual da sigla marcou para 12 de maio um encontro para definir a posição para as eleições. Apesar disso, o resultado da votação deverá ser homologado pela direção nacional, que tem se aproximado do PSB. 
No terceiro mandato como vereadora, Marília se mostrou confiante ao afirmar que vai vencer o palanque do PSB caso alcance o segundo turno nas eleições deste ano. “Estão tentando desconstruir a nossa candidatura, pois ela tem chances reais de ganhar a eleição e terá o apoio de Lula, aconteça o que acontecer. Então o interesse deles é surfar na popularidade de Lula. E eles sabem que a gente, indo com eles para segundo turno, ganha a eleição”, disse.
Sobre governabilidade, a vereadora mostrou que segurança e abastecimento de água são temas que pretende explorar para se contrapor ao governo atual. “É notório que o maior problema é a questão da violência. Existe um segundo problema, que é a questão do abastecimento de água. Pernambuco está sem água do interior à Região Metropolitana”, destacou.
A petista ainda fez uma provocação: “Não vamos ficar de um escritório olhando o Google Earth, porque é assim que muito secretário conhece Pernambuco”.
A assessoria de imprensa do Palácio informou que o governador não responderia aos questionamentos de Marília.
OPOSIÇÃO
Em entrevista à CBN, o deputado Mendonça Filho (DEM), um dos líderes da frente de oposição Pernambuco Quer Mudar, disse que “a candidatura de Marília tem um peso que deve ser considerado”.
E provocou os petistas que consideram a aliança como o PSB o caminho mais viável. “O PT foi vítima, inclusive, do PSB”. Parte do discurso do PT, o ‘golpe’ que a ex-presidente Dilma teria sido vítima, está sendo usado pelo PSB. Agora o PT tá se junto com ‘golpistas’ aqui em Pernambuco liderados pelo PSB.

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