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domingo, 27 de agosto de 2017

Socialistas repudiam decreto de Temer que extingue reserva na Amazônia para aumentar exploração mineral

A deputada Janete Capiberibe (PSB-AP) e o senador João Capiberibe (PSB-AP) manifestaram repúdio contra o decreto assinado pelo presidente Michel Temer que extingue uma área  de reserva ambiental de 46.450 km² na Amazônia.
A chamada Reserva Nacional de Cobre e seus Associados (Renca) tem tamanho equivalente ao do Estado do Espírito Santo e fica na divisa entre Pará e Amapá. Rica em reservas minerais de ouro, ferro e cobre, a região agora está livre para a exploração mineral.
Segundo os socialistas, há nove territórios indígenas na Renca. Além de destruir florestas, a atividade mineradora que será permitida com a extinção da reserva acirrará os conflitos por terra na região, afirmam.
“O decreto de Temer põe essas populações sob ameaça da mineração, da grilagem, do desmatamento, do agronegócio e da poluição das águas e do ar. Temer instala um clima de terror e insegurança entre as populações que ocupam a Renca no sul do Amapá e no norte do Pará”, criticou Janete.
A deputada ressaltou a preocupação de organismos ambientais nacionais e internacionais com a medida.
“Organismos ambientas do Brasil e do exterior e a igreja do Canadá repudiam este decreto mesquinho que abre as áreas de proteção e entrega bilhões em recursos naturais ao capital privado, sem nenhum retorno às populações locais, que serão expulsas e empobrecidas. Os conflitos de terra na região chegaram com a grilagem e com o agronegócio,e agora serão potencializados com o decreto de Temer, criticou.
O senador Capiberibe considerou que, com a abertura da reserva, o governo Temer comete “o mais grave crime contra a Floresta Amazônica” desde a construção da Transamazônica na década de 1970.
“Nós temos uma experiência amarga com mineração no Amapá, porque a mineração se instala e, pouco tempo depois, se desinstala e deixa um rastro de destruição ambiental e social, porque as pessoas não têm o que fazer depois da exploração mineral”, disse.
Ele lembrou que cidades pobres do Estado, como a Laranjal do Jari, encontram-se hoje em situação de decadência social e econômica justamente por conta da exploração mineral. Capiberibe ressaltou ainda que trabalha em uma proposta para revogar o decreto.
“O presidente Michel Temer ignora completamente a existência de milhares de pessoas, de indígenas que vivem ali, de populações que vivem naquela área. Está sendo apresentado um projeto para revogar esse decreto. Espero que o Senado, com sensatez, tome essa decisão”,  defendeu.
Fonte/PSB

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