Os alimentos produzidos por famílias de agricultores podem ser
potencializados e melhor distribuídos por meio de diversas políticas
públicas eficientes. E muitas delas só podem ser acessadas quando esses
trabalhadores rurais possuem os títulos de terras em mãos. Nesse
sentido, a Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária, por meio do
Instituto de Terras e Reforma Agrária (Iterpe), já promoveu a entrega de
11 mil documentos do tipo no período de dois anos.
"A validação da posse de terra representa a melhoria de vida desses
agricultores e uma janela de oportunidades do ponto de vista social,
econômico e ambiental. A entrega dos títulos é um símbolo de compromisso
do Governo Paulo Câmara com aquelas pessoas que mais precisam",
destacou o secretário de Agricultura, Nilton Mota.
Um exemplo disso podemos observar na história de Francisco de Assis
Evangelista, agricultor de 54 anos, que vive no assentamento estadual
Ilha Grande do Pontal, no município de Lagoa Grande, Sertão do São
Francisco, produzindo junto de sua companheira e três filhos o cultivo
de frutas diversificadas em cerca de cinco hectares, voltado ao mercado
local e principalmente para exportação.
“Depois do título conseguimos o crédito para desenvolver e
trabalhar a terra. Junto com minha esposa e filhos, posso plantar e
colher a cada dois meses. É importante ter o título de terra atualizado
para continuar tendo acesso aos benefícios sociais, como aposentadoria,
crédito rural e outras políticas de desenvolvimento. Com esse título, a
gente vai poder tirar mais outro beneficiamento para aumentar a
produção”, declarou Franscisco Evangelista.
Localizado em uma das ilhas existentes ao longo do Rio São
Francisco, o assentamento Ilha do Pontal possui 696 hectares com 169
famílias rurais vivendo da agropecuária voltada ao mercado local que
distribui os alimentos para diversas cidades do Nordeste, além do
mercado voltado também à exportação.
"Ao todo, o Iterpe viabilizou às 134 famílias de agricultores do
Sertão do São Franscisco, por meio da entrega de títulos de terra, a
concessão de utilização de uma área total de 1.970 hectares voltada à
produção agropecuária diversificada, consolidando assim a função social
da terra”, explicou o presidente do Instituto, Paulo Lócio.
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