Uma formação inicial em Convivência com o Semiárido é etapa básica nos projetos executados pelo Irpaa, o que sempre é retomado em outros momentos ao longo da atuação das equipes junto às comunidades. Desde o dia 07, a equipe do Projeto Semiárido Produtivo está reunida no Centro de Formação Dom José Rodrigues, onde vem discutindo os aspectos centrais trabalhados pela instituição: terra, clima e água, produção, comunicação e educação.
O referido projeto terá duração de três anos, sendo executado pelo Irpaa nos estados da Bahia, Pernambuco, Sergipe, Alagoas e Piau, com o financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES. A iniciativa conta também com parcerias locais, a exemplo do Movimento de Pequenos Agricultores – MPA e com uma equipe composta por 12 profissionais de áreas como agronomia, educação, comunicação e administração.
A estruturação familiar e coletiva é um dos objetivos principais do projeto, o que se dará a partir de atividades formativas, da construção de agroindústrias e fortalecimento de sistemas produtivos nestes estados, além do incentivo à organização a partir do associativismo e cooperativismo, na perspectiva da geração de renda e permanência das famílias em suas comunidades.
Diretamente serão 400 famílias contempladas com ações como melhoramento e agregação de valor à produção e acesso à políticas públicas e mercados. De acordo com Paulo César de Jesus, coordenador do projeto, muitos grupos possuem produção, porém precisa organizá-la e viabilizar espaços de comercialização. Para isso, segundo ele, será necessário envolver não apenas a sociedade civil, mas também gestores públicos dos municípios e estados.
A partir disso, a expectativa da equipe é de contribuir com a permanência das famílias no campo e aumento da qualidade de vida, como pontuou Claudiano Souza, um dos agrônomos que integra a equipe. Ele acredita que a partir da formação, as comunidades conseguem acessar políticas públicas e construir as próprias ações que venham a contribuir com o bem viver em suas regiões, sobretudo em um contexto nacional em que muitos direitos conquistados vem sendo retirados.
Após essa etapa de formação a equipe irá fazer o planejamento e em seguida iniciar o trabalho de campo, ciente dos desafios e das possibilidades de contribuir com o Bem Viver no Semiárido, como frisou Paulo César: “um projeto que ao mesmo tempo que é desafiante para a instituição é também uma grande oportunidade de fortalecer o debate da Convivência com o Semiárido”.
Texto e fotos: Comunicação Irpaa
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