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terça-feira, 14 de novembro de 2017

Jorge Picciani, presidente da Alerj, é levado para depor na sede da PF, e filho é preso em Minas Gerais



O deputado Jorge Picciani (PMDB), presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), chegou ao Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio, por volta das 8h desta terça-feira (14), e foi levado por agentes para prestar depoimento na sede da Polícia Federal (PF).
Picciani é alvo da Operação Cadeia Velha,  que também prendeu o filho dele, Felipe Picciani, que tinha acabado de deixar o pai no aeroporto de Uberlândia, em Minas Gerais, no início desta manhã.
Foram presos ainda na mesma operação o empresário Jacob Barata Filho e o ex-presidente da Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio de Janeiro (Fetranspor) Lélis Teixeira.
Jorge Picciani é suspeito de receber propina da Fetranspor, em um esquema de corrupção no setor que envolveria políticos. Ele já tinha sido levado para prestar depoimento à PF em março, na Operação Quinto do Ouro, que prendeu 5 dos 7 conselheiros do Tribunal de Contas do Rio (TCE-RJ).
Em nota, o presidente da Alerj disse que "em toda a carreira jamais recebeu qualquer vantagem" e que a prisão do filho é "uma covardia" feita para atingi-lo.


A Operação Cadeia Velha, que mira a cúpula da Alerj, e é um desdobramento da Lava Jato e foi desencadeada a partir das investigações da Operação Ponto Final.
Segundo a PF, as empresas de ônibus colocavam dinheiro em uma "caixinha", destinada ao pagamento de propina a políticos para aprovar leis que beneficiariam o setor. A informação chegou ao Ministério Público Federal (MPF) com a delação premiada do doleiro Álvaro José Novis.
Além de Picciani, a Justiça determinou a condução coercitiva do deputado Paulo Melo, que chegou por volta das 10h na sede da PF para prestar depoimento.
Também são cumpridos 35 mandados de busca e apreensão nesta terça-feira. Entre os alvos estão o gabinete de Jorge Picciani na Alerj e a fazenda onde fica a empresa Agrobilara, que pertence à família Picciani.
Felipe comanda o negócio, que tem como sócios o pai, Jorge, e os irmãos Leonardo Picciani, ministro do Esporte, e Rafael Picciani, deputado estadual.
A Agrobilara já foi citada em investigações da Lava Jato por supostas atividades ilícitas na delação premiada de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE-RJ. Segundo a delação, a compra de gado foi usada para lavar dinheiro de propina.

Em Volta Redonda, a PF fez buscas na casa de Albertassi, onde foram apreendidos documentos, e em uma uma emissora de rádio que pertence ao parlamentar. Em Saquarema, os agentes cumpriram mandatos na casa e no escritório do deputado Paulo Melo.

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