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O ex-presidente da Fetranspor, Lélis Teixeira, chegou na sede da PF às
9h30. Assim como Barata Filho, ele teve mandado de prisão preventiva – sem
prazo definido – expedido pela Justiça na operação Cadeia Velha.
Barata Filho e Lélis Teixeira já tinham sido presos na operação Ponto
Final, em julho. Porém, em agosto, foram liberados por decisão do ministro Gilmar
Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Eles tiveram a prisão revertida em
recolhimento domiciliar noturno.
Dono de mais de 25 empresas de ônibus no Rio e filho de Jacob Barata,
conhecido como "Rei do ônibus", Barata Filho é suspeito de pagar
propina para políticos em troca de decisões favoráveis a seus negócios, como
aumento da tarifa de ônibus.
Lélis Teixeira é suspeito de ser o responsável por dar as ordens para o
pagamento de propina na ausência de José Carlos Lavouras, que era o presidente
do Conselho de Administração da Fetranspor e também foi preso na Ponto Final.
Jacob Barata Filho: A defesa do empresário informou que não teve acesso ao teor da
decisão que originou a operação desta terça e, por isso, não tem condições de
se manifestar a respeito. Os advogados do empresário adiantaram que vão pedir o
restabelecimento das medidas restritivas ordenadas pelo STF, "que já
decidiu que a prisão preventiva do empresário é descabida e pode ser
substituída por medidas cautelares, que vêm sendo fielmente cumpridas desde
então".
Operação
A investigação da operação Cadeia Velha durou seis meses e teve quebras
de sigilo bancário, telefônico e telemático, acordos de leniência e de
colaboração premiada, além de provas obtidas a partir das Operações Calicute,
Eficiência, Descontrole, Quinto do Ouro e Ponto Final, que investiga desvios de
verba no transporte público do estado com a atuação de políticos do estado.
Segundo o Ministério Público Federal, a investigação apura o uso da
presidência e outros postos da Alerj para a prática de corrupção, associação
criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. O nome da ação é uma
referência ao prédio histórico da Alerj.
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