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quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

Águas do Velho Chico como presente de Natal para os sertanejos

Com obras iniciadas há 11 anos, a Transposição do Rio São Francisco terá seu último trecho, no município de Salgueiro, entregue na semana do Natal, no apagar das luzes do governo Michel Temer (MDB). O ministro da Integração Nacional, Pádua Andrade, fez o anúncio nessa quarta-feira (05) durante reunião com o governador do Ceará, Camilo Santana (PT).
A transposição, obra mais importante de segurança hídrica do País e que começou a ser cogitada desde a época do Império, é baseada na construção de dois canais: O Eixo Leste, que se inicia em Floresta (PE) e termina em Monteiro (PB); e o Eixo Norte, que sai de Cabrobó e vai até Barro, no Ceará. Esse último eixo é o que será entregue no período natalino. As obras têm mais de 97% de conclusão, de acordo com o ministério. “Os serviços remanescentes contam com turnos 24 horas para garantir o cronograma de entrega até o fim do ano”, diz nota da pasta.
O Eixo Norte é o mais longo do percurso, com 260 quilômetros de extensão. Em Pernambuco, ele vai beneficiar 17 municípios no Sertão do Pajeú e Araripe. O Eixo Leste – trecho mais importante para o semiárido de Pernambuco – foi inaugurado em maio de 2017. 
As estruturas captam a água do Rio São Francisco, no interior de Pernambuco, para abastecer adutoras e ramais que vão perenizar rios e açudes existentes na região. É por isso que para a água chegar de forma efetiva nas torneiras dos pernambucanos é preciso que o abastecimento seja ampliado com obras complementares, como a Adutora do Agreste e o Ramal do Agreste. 
O ramal tem extensão de 70,8 quilômetros, captando a água de Sertânia até Arcoverde. As obras só começaram neste ano, após cinco anos de atraso, e a previsão para conclusão é 2020. De Arcoverde, ele se interliga à Adutora do Agreste, que irá abastecer 23 municípios da região na primeira etapa e, na segunda, mais 45, beneficiando cerca de 2 milhões de pessoas. 
Iniciada em 2013 e com previsão inicial para ter sido concluída em 2015, as obras da adutora se arrastam até então, devido a problemas nos repasses de recursos federais. As obras chegaram a ser paralisadas em 2015 e só retomadas no fim de 2016. 
“A água do São Francisco de fato só vai chegar ao Agreste daqui a uns dois anos, se não houver interrupção ou atraso e o ramal for concluído. É mais do que suficiente o tempo de construir o resto da primeira etapa da adutora do Agreste”, explica o ex-secretário de Recursos Hídricos de Pernambuco, Almir Cirilo. 
Diante da dificuldade de conclusão dessas obras, o governo de Pernambuco implantou outras adutoras. É o caso da Adutora do Moxotó, construída pela Compesa com recursos da União, que segue o mesmo caminho do Ramal do Agreste e já atende Sertânia, Arcoverde e Pesqueira. Há também a Adutora do Pajeú, que capta a água do São Francisco, em Floresta, e abastece 20 municípios pernambucanos e oito paraibanos.
“O avanço na transposição sempre é motivo de comemoração. No momento, Salgueiro é atendido pela Adutora do Sertão. Temos o projeto pronto para captar no Eixo Norte e levar para Salgueiro. Será importante, mas ainda estamos pendentes de captar recursos”, diz o presidente da Compesa, Roberto Tavares.

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