O número de casos confirmados de coqueluche em Pernambuco subiu 85,7% na comparação das seis primeiras semanas epidemiológicas de 2019 com as de 2018, segundo a Secretaria de Saúde do estado. O boletim, divulgado nesta quarta-feira (3), aponta que foram 26 casos confirmados de coqueluche até 9 de fevereiro. No ano passado, no mesmo período, o estado teve 14 confirmações.
Entre os casos confirmados em 2019, 30,8% foram registrados em crianças de até 5 meses e 26,9% foram para as de 1 a 4 anos, enquanto outros 23,1% foram confirmados em bebês de 6 meses a 1 ano.
Os dados apontam também para o aumento do número de notificações de coqueluche, na comparação entre as seis primeiras semanas epidemiológicas de 2019 e 2018. Este ano, foram notificados 90 casos, contra 27, no ano passado. Isso representa um aumento de 233,3%.
Doença infecciosa aguda e causada por uma bactéria, a coqueluche atinge o aparelho respiratório, com prometendo traqueia e brônquios. Em bebês com menos de seis meses de vida, ela pode se apresentar de forma mais grave e provocar até a morte, segundo a Secretaria de Saúde. A vacinação é a principal forma de evitar a doença.
Ao logo de todo o ano de 2018, o estado teve 828 notificações de coqueluche, com 228 deles sendo confirmados através de exames, sendo 47,6% das confirmações em crianças de até 5 meses.
Vacinação
Segundo a Secretaria de Saúde do estado, a cobertura vacinal em 2018 foi menor do que a meta estabelecida pelas autoridades de saúde. Entre as crianças menores de 1 ano de idade, a cobertura da vacina pentavalente, que previne coqueluche e outras doenças, ficou em 92,25%, enquanto a meta era atingir 95% desse público alvo.
Para as gestantes, que são imunizadas com a dTpa, a cobertura vacinal chegou a 60,68%, em 2018. A meta para esse público alvo é também de 95%.
Sintomas e evolução
De acordo com os médicos, a coqueluche evolui em três etapas sucessivas. A fase catarral começa com manifestações respiratórias e sintomas leves, que podem ser confundidos com uma gripe: febre, coriza, mal-estar e tosse seca.
Depois, aparecem os acessos de tosse seca contínua. Na fase aguda, os acessos de tosse são finalizados por inspiração forçada e prolongada, vômitos que provocam dificuldade de beber, comer e respirar.
Na convalescença, os acessos de tosse desaparecem e dão lugar à tosse comum. Em bebês podem ocorrer desidratação, pneumonia, convulsões, além de lesão cerebral.
Transmissão
A doença pode ser transmitida pelo contato direto da pessoa doente com uma pessoa não vacinada, por meio de gotículas de saliva expelidas por tosse, espirro ou ao falar.
A transmissão também pode ocorrer por meio do contato com objetos contaminados com secreções do doente. A coqueluche é especialmente transmissível na fase catarral e em locais com aglomeração de pessoas.
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