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quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

Filhos de vereadores de Aliança estão envolvidos em esquema de servidores-fantasmas, diz polícia

Filhos de dois vereadores de Aliança, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, têm envolvimento no esquema de funcionários-fantasmas descoberto pela Operação Anticorrupção II, realizada na quarta-feira (16), na Câmara Municipal. Segundo a Polícia Civil, a participação deles não será detalhada para não atrapalhar as investigações.
Durante entrevista coletiva realizada no Recife,  nesta quinta-feira (17), a delegada de Aliança, Maria de Lourdes Ferreira, informou que os filhos dos vereadores admitiram que eram servidores comissionados nomeados para atuar para os parentes.
Ao todo, seis parlamentares e 10 servidores da Câmara Municipal estão sendo investigados. Os nomes não foram divulgados oficialmente pela polícia.
Maria de Lourdes disse também que pediu a prisão de envolvidos no esquema, mas teve a solicitação negada pela Justiça. Segundo ela, a presidente da Câmara nomeou os servidores e deixou que eles praticassem os crimes, que consiste em receber salário sem prestar o serviço público.
“Temos notícias de que houve acordo político para manter esses comissionados e, por isso, vamos continuar com as investigações”, afirmou Maria de Lourdes.
A Operação Anticorrupção II cumpriu 12 mandados de busca e apreensão. Foram recolhidos celulares, computadores e documentos em gabinetes da câmara e em residências, em Aliança, Condado e Itaquitinga, na mesma região.
São investigados crimes como organização criminosa, falsidade ideológica e peculato, quando o servidor público usa o cargo para obter vantagem. As investigações tiveram início em agosto de 2018. A polícia informou, no entanto, que os crimes eram praticados desde 2017, quando os servidores foram nomeados pela presidência da Câmara de Vereadores.
“O total de dinheiro desviado e que deixou de ser investido no município chega a R$ 457,4 mil. Os servidores-fantasmas atuavam como chefes de gabinete e auxiliares administrativos”, afirma à delegada.
Durante as investigações, a polícia ouviu 22 servidores efetivos, 12 servidores comissionados e dez vereadores. Ficou comprovado que três servidores efetivos não iam trabalhar, não estavam lotados em outro órgão ou sequer tinham entrado de licença.
Um servidor trabalhava um dia na semana e os demais não atuavam no Legislativo Municipal. Mesmo assim, quando compareciam, no horário das sessões, alguns não tinham função pública específica.
Também foi evidenciado que dos 12 servidores comissionados investigados, dois cumpriam com a jornada de trabalho determinada

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